12/11/2011

5.9 – Equalizando (grave, médio e agudo)

Com a chegada de novos mixers no mercado com equalizadores, as mixagens ganharam um novo tom. Sem os equalizadores independentes por canal, as mixagens eram duras e muitas vezes, quando virava a música, faltava alguma freqüência ou elemento. O princípio da equalização em uma mixagem é como a da mixagem de uma música em estúdio. O objetivo é suavizar a passagem de uma música pra outra compensando as freqüências que faltam ou que estão em excesso. Por exemplo, se a música que vai entrar tem muitos elementos agudos como caixas, pratos e chimbais, a tendência é você abrir o canal da música que vai entrar com os agudos baixos.


tocadiscos mk2 e mixer 


5.8 – Efeitos

Existem mixers (como o Pionner DJM 600) e geradores (como o Pioneer EFX 500) que desenvolvem efeitos diversos: Eco, Deelay, Pitch, Filter, Flanger e Sampler. Os filtros e efeitos podem ser usados de várias formas, por isso é fundamental o conhecimento desses para a aplicação mais adequada. Mas lembre-se, efeito demais pode ser desagradável.

5.7 – Back Spin

Back spin não tem mistério, mas se vacilar pode ficar “xoxo”. Back spin consiste em voltar o disco com velocidade. Geralmente, é usado nas viradas das mixagens. Mas o back spin pode interferir numa música como uma colagem e junto com efeitos.

5.6 – Scratch

A mais característica performance feita por djs. Sons tirados do vai-e-vem dos discos e cuts do croosfader. O scratch evoluiu bastante. Hoje, são feitos com mais velocidade e podem contar com recursos de Hi-cut nos croosfaders mais atuais. Existem sctrachs feitos a partir de samples e scratchs feitos com sons contínuos e mais trabalhados pelo croosfader.

5.5 – Back to back

Back to back é uma das performances mais usadas em campeonatos de djs. Alguns djs se arriscam fazer em pista de dança. Esta performance consiste em ficar repetindo trechos de duas músicas em diferentes pick-ups. Dependendo da técnica do dj, essa repetição pode ser feita de 1 a 8 batidas.

5.4 – Colagem

As colagens são interferências feitas pelo djs com trechos de outras músicas. Estas podem ser feitas com batidas, vozes, instrumentos, dentro ou fora do tempo, mas sempre com harmonia.

5.3 – Dicas para uma boa mixagem

O princípio básico da mixagem é juntar duas músicas e fazer uma passagem da que está acabando para a que está entrando. No entanto, essa técnica fica ainda mais interessante quando usamos filtros e efeitos, controles na equalização, cuts com o crossfader e back spin.

5.2 – Preparando as músicas para mixagem

A primeira coisa que o dj deve observar quando for mixar uma música é saber se a “música que vai entrar” é mais lenta ou mais rápida do que a que está tocando na pista. De acordo com o resultado, você utilizará o Pitch para modificar positivamente ou negativamente a velocidade da “música que vai entrar”. Se esta música for mais lenta será necessário acelerá-la para igualar os bpms e se for mais rápida será necessário desacelerá-la. Evite fazer isso com a música que está tocando na pista. Em última instância, faça muito (muito!) discretamente para que a “pista não sinta”.
Igualando os Bpms, chegou a hora de fazer a passagem de uma para outra: mixar.
A música deve ser solta “Bumbo com Bumbo”, na “Cabeça do compasso”, e por conseqüência Caixa com Caixa.
Depois de soltar, você escolherá o ponto em que a “música que está saindo” deve ser cortada. Nas músicas existem os melhores pontos de mixagem. Estes pontos são os chamados “Pontos de mixagem” ou “Breaks” e são caraterizados pela ausência de melodias e vocais.

Atenção:
Deve-se evitar misturar melodias e vocais, isso na maioria das vezes quebra a harmonia das músicas. Lembre-se sempre: “ a boa mixagem é aquela discreta e harmônica”.

5. 1 - Técnica

Dentre as principais técnicas usadas pelos djs existem: Mixagem, Colagem, Back to Back, Scratch e Back Spin. A cada dia que passa, novas técnicas vão sendo criadas e aperfeiçoadas. Tudo isso graças ao advento de novas tecnologias em mixers, mesas de efeitos, agulhas, e claro, da criatividade dos djs.
A técnica básica mais usada, e a que nos interessa neste manual, é a mixagem. 


5.1.a – Mixagem


O princípio da mixagem é juntar duas músicas de velocidades iguais (bpm) com bumbo em cima de bumbo e caixa em cima de caixa.


batida4


batida4a

Repare que o Bumbo 1 está em cima do Bumbo 1 da outra música. Dessa forma quando o compasso da primeira música “virar” o da outra também virará.

02/11/2011

4.1 – A Estrutura da Música



Em toda música existe:
- Bumbos (marcação virtual das batidas ímpares. É nele que existe a primeira batida do compasso)
- Pratos (marcação virtual da batida intermediária entre o bumbo e a caixa)
- Caixas (marcação virtual das batidas pares)
- Bpm (Batida por minuto)
- Compasso (Partes marcadas por viradas. 16 ou 32 batidas)
- Desenho (Sub-partes marcadas por repetições contínuas. 8 e 4 batidas).

4.1.a – Bumbo, Prato e Caixa

Esta, talvez, seja a fase mais complicada da parte teórica, pois aqui você terá que utilizar bastante sua imaginação.
Imagine que você esta dançando uma música X, que tenha uma base House (4×4/reta – se formos tentar descrever seria parecido com isso: “Tum” – “Tum” – “Tum” – “Tum”…. Esse “tum”, “tum”, “tum” são as batidas da música e essas batidas é que formam o ritmo da música).


Imaginem que a batida nº1 é o Bumbo (o primeiro Tum) e a batida nº2 seja a nossa Caixa (o segundo Tum). O Prato fica entre um bumbo e uma caixa, ele seria o nosso contra tempo.

4.1.b – Bpm (Batida Por Minuto)

É importante saber o bpm, pois, é preciso saber qual das músicas que você está trabalhando é a mais lenta ou mais rápida para que você execute a mixagem.
Para contar o bpm de uma música basta contar o números de bumbos e caixas que contém a música no período de 1 (um) minuto.

4.1.c – Compasso

Toda música precisa de uma marcação para se saber quando vai entrar ou sair um vocal, uma melodia, um instrumento, uma batida ou uma virada. O compasso é o que irá marcar essas mudanças com o intuito da música ser mais “organizada”. Claro que nem todos os músicos ou produtores seguem essa regra mas a grande parte das músicas são bem marcadas.
O Compasso é o período de 16 ou 32 batidas (Bumbos e Caixas) que marca uma mudança, entrada, ou saída de algum elemento na música. Para entender bem o Compasso devemos primeiro saber contá-lo.
Para contar o compasso é preciso primeiro identificar o ritmo da música. Depois de identificado, conte a partir da primeira batida (primeiro Bumbo ou cabeça do Compasso) da música até que haja uma mudança. Se essa mudança ocorrer quando você terminar de contar 16, é porque aquele compasso “é de 16” e se mudar quando você terminar de contar 32 é porque aquele compasso “é de 32”. Esse compasso se repetirá por toda a música.
Por exemplo, contagem de um compasso “de 16” é da seguinte maneira: 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10…

 
 
 
 
É muito importante identificar qual é o compasso pois na hora da mixagem, quando as velocidades das músicas estiverem iguais, você soltará a batida 1 de uma música junto com a batida 1 da outra música. Dessa forma as música irão mudar igualmente nas viradas dos compassos.

4.1.d – Desenho

O desenho é um pouco parecido com o compasso. O processo de contagem é o mesmo mais o número de batidas é diferente: são de 4 e 8 batidas. Se você contar as batidas da música de 4 em 4 ou de 8 e 8 você perceberá que determinadas seqüências de instrumentos se repetem nesse ciclo.




Obs: A contagem do Desenho e do Compasso deve ter início sempre no primeiro Bumbo da música (na cabeça do Compasso).

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